EP BERA

by BERA

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1.
Não olhem para trás com desdém Para isso estou cá eu... Bem sei que não convém Mas, no seu apogeu A ferida ficava-me bem Não queimem o livro barato Só para parecer velho Escrevam só o justo e o exacto Mesmo que não gostem de o ver ao espelho Tentem não saber de mim Está tudo bem assim Não me dêem notícias do mundo Enquanto me afundo e lamento Não me dêem notícias do mundo Enquanto for profundo o meu desalento Não me dêem notícias do mundo Enquanto brinco com o meu novelo imundo Aceitem a minha condição De um passado que rima, De um presente que não De um futuro que afirma Não respeitar a métrica do refrão Tentem não saber de mim Está tudo bem assim
2.
Limão 03:30
o mundo gira à minha volta e não sei por bem aceitar uma derrota vou convencer-te a dares-me espaço pelo perigo que eu sou amargo sabe bem a quem não foge do abismo sem lei os meus gélidos gemidos não chegam para te impedir de errar as nossas falhas são regadas com limão as chagas não saram o mundo gira à minha volta e não sei por bem aceitar uma derrota esta lágrima de sal que já não sabe mais onde escorrer uma estátua ergui pelos jardins de ti para assim não esquecer que o mundo gira à minha volta e não sei por bem aceitar uma derrota enquanto assim eu for tentando ter uma réstia de honor não posso mais sofrer não posso ser a dor que o mundo irá deixar de ter o mundo gira à minha volta e não sei por bem aceitar uma derrota que o mundo gira à tua volta gira à tua volta gira à tua volta
3.
ó lisboa não sejas vadia não abras assim as pernas aos turistas que passeiam noite e dia e só cá vêm ver as vistas lisboa é as menina que eles querem pra lambuzar sem apelo nem agravo já me chega tantos locais onde não posso ir gastar um chavo eles vêm aos magotes em cruzeiros e aviões mas não deixam cá lingotes, nem divisas nem acções lisboa és a mulher que todos querem pra passear de mão dada pelo chiado mas quando chegam ao rossio não te conhecem nem pelo fado ó lisboa és uma oferecida dás-te a troco de um tostão furado quando lhes fores dar guarida já embarcaram para outro lado lisboa és a menina que eles querem pra passear de tuk-tuk daqui pralém já me chega de estar na fila pra comer um pastel de belém
4.
Melancia 02:27
só me faltava agora esta! não posso beber mais vinho? queres ver que acaba a festa que o estômago me encortiça e não quero morrer sozinho... ouvi um dia "beber vinho e melancia não é treta, pode mesmo dar chatice!" já a minha avó dizia, a matreirice de quem anda nesta vida há muitos anos e não, não houve enganos nas experiência do mistério deste fruto enguiçado dentro de um copo, supreso primeiro, a fruta estava boa e depois azedou em peso desperdiçar um copo cheio é difícil de fazer a ladaínha entorpece o juízo e não posso mais beber não posso mais beber! anda brincar á cabra cega rodopiar com carinho anda fazer o que quiseres mas não mistures melancia com vinho... tudo isto tem uma ordem natural, de uma forma é que faz mal e de outra forma é seguro nem tudo dá pra explicar nem o néctar divino é alheio a este enigma obscuro desperdiçar um copo cheio é difícil de fazer a ladaínha entorpece o juízo e não posso mais beber não posso mais beber! só me faltava agora esta! não posso beber mais vinho...
5.
deixei passar o momento certo para falar perdi a oportunidade deixei estar dei o tempo, dei o espaço fiz o que tinha a fazer e, nesta hora calma, regressei já sem nada para dizer aprendi a ler o que dizias sem querer sem falar e sem viver com o fato de domingo bem passado e engomado quase a saltar do caixão para cumprimentar o senhor padre antes que seja tarde disse-te então o adeus nunca em tom de despedida no silêncio do véu uma homenagem bem sentida dei o tempo, dei o espaço fiz o que fiz com vontade irei depor contra deus se não contares toda a verdade antes que seja tarde
6.
se tens meio palmo de testa se tens um sítio para ir se sabes o que pensar e se sabes o que está para vir já não se está nada bem aqui se já olhaste ao céu e não viste o sol a cair não ouviste os pastorinhos? e a núvem no carrasco a zumbir, não? já não se está nada bem aqui se não pagaste a promessa que prometeram por ti não queiras vir ao calor do inferno e não se está mesmo nada bem aqui já não se está nada bem aqui

about

Esta é a primeira compilação BERA em forma de EP digital.

01 - Acordem, Mentes Inertes (2014)
02 - Limão (2013)
03 - Fado (2015)
04 - Melancia (2013)
05 - Antes Que Seja Tarde (2015)
06 - Já Não Se Está Nada Bem Aqui (2015)

credits

released September 10, 2016

Letra e Música: BERA
(excepto "Acordem, Mentes Inertes" - Letra: APC, Música: BERA)

Voz e instrumentos: BERA

Gravado por Gambetti

Produzido por BERA

license

all rights reserved

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about

BERA Portugal

BERA é um projecto de cantautor em nome alheio, acústico e psicadélico. É inspirado na vida, e inspirado em frutas.

Comecei a tocar guitarra, porque gostava, em 1993. Nunca quis, nem sabia cantar. Até que aconteceu.

BERA surgiu em Setembro de 2013.

Ao rever o Herman José no RTP Memória a rebentar TV's com tiros de caçadeira, a inspiração surgiu em forma de fruta que apodrecia na cozinha.
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